terça-feira, 6 de abril de 2010

ANTÓNIO PINTO DE ABREU

António Pinto de Abreu nasceu em Chimoio, em 1956, mas foi no bairro da Manga, cidade da Beira onde viveu a maior parte da sua infância e fez o ensino primário. Da família, seu pais e uma das suas irmãs escreveram e publicaram poemas na cidade da Beira nos anos 50 - 60 e 70, respectivamente.

Entre 1975 e 1977 fez parte do Grupo Cultural Provincial Polivalente de Sofala, onde se dedicou à dança tradicional moçambicana e à arte de declamar, tendo-se então iniciado no teatro e no bailado.

Em finais de 1977, Pinto de Abreu partiu para Cuba, onde fez os estudos secundários na Ilha da Juventude, até 1982. Na Isla de Pinos, fundou e dirigiu os grupos de poesia e teatro Lume Florindo na Florja e Flores de Abril.

De regresso a Moçambique, fixou-se em Maputo onde recriou o Lume Florindo na Forja. Mais tarde juntou-se ao Grupo de Teatro Motivo, fundado pelo falecido poeta e saudoso professor José Pastor, onde veio a ser actor, assistente de palco e assistente de direcção, tendo feito parte das peças «O Cidadão Resgatado» e «O Milho Tem de Crescer», exibidas em finais dos anos 80 nos teatros Avenida e Matchedje.

Pinto de Abreu começou a publicar poesia e prosa de forma dispersa na revista Tempo (Abril/1982), Diário de Moçambique (Dezembro/1982), e no jornal Domingo (Março/1984), tendo também trabalhos noutras publicações literárias, para além da Antologia da Nova Poesia Moçambicana e da Gazeta 200.

Testemunhou o nascimento da Associação de Escritores Moçambicanso(1982) e das revistas Charrua (1984) e ECO (1986).

Lincenciou-se em Economia (1985-1989) pela Universidade Eduardo Mondlane e obteve com distinção o Mestrado em Economia Financeira da Universidade de Londres (SOAS) em 1998.

OBRAS PUBLICADAS
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MURMÚRIO DE ACÁCIA

 «(...) O poeta encontra-se, aqui, como captando o murmúrio de uma árvore considerada símbolo da cidade de Maputo e como tal, dando-lhe expressões que são efusões de puro lirismo e também de outros géneros, mas nem por isso menos poéticos.»

O Editor Fernando Couto








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LUAR DE NWANZI

«Luar de Nwanzi. naquela idealizada povoação, o autor apresenta um conjunto de textos no qual o Professor Gilberto Matusse assegura que sem apresentar histórias contraditórias no sentido tradicional, apresenta ao leitor um interessante e complexo desafio.»

O Editor Fernando Couto








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CASCATA DE SINOS

«(...) António Pinto de Abreu faz-nos mergulhar, sem margem para dúvidas, no controverso território da utopia (...). Uma utopia que, com o inglês Thomas More, mantém apenas a semelhança dos meios, a imaginação, porém dele se afastando à medida que se vai concretizando em múltiplas e sucessivas imagens...em cascata!
(...) Esta Cascata de Sinos é isso: uma espécie de apelo à imaginação, da qual poderão resultar cascatas de flor, de calor, de amor... de luz!

in Prefácio de Nataniel Ngomane





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«A alma de um poeta, não se perde nos meandros das finanças e da economia e pode sobreviver na sua convivência, como se pode ver por este excelente poeta que também é bancário»

Maputo, Setembro de 2000
Maria de Lurdes Torcato

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«(...) é um poeta que começou há muito.
Perdemos a memória de quando ele se estreiava em poemas soltos publicados em jornais e revistas (...). Pinto de Abreu continou exercendo essa sua alma, manteve-se fiel ao apelo da poesia.»

Maputo, 03 de Maio de 2002
Mia Couto

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