sábado, 1 de janeiro de 2011

O OLHO DE HERTZOG Prêmio Leya 2009                                              

João Paulo Borges Coelho

"Este livro, «O Olho de Hertzog», que o júri do Prémio Leya resolveu premiar, conta uma história que curiosamente gira também ao redor de uma pedra. Uma pedra que eu – ourives não de primeira, mas de recente viagem – formalmente hoje devolvo ao lugar onde a fui buscar. Pretendo que o gesto seja um contributo no esforço de tantos mestres garimpeiros e ourives que se dedicam a levantar a parede – que já vai alta – da literatura moçambicana. Desejo também que essa parede seja parte integrante e importante daquilo a que podemos chamar simplesmente a Casa da Literatura."
Discurso de João Paulo Borges Coelho durante a entrega do prêmio Leya 2009, em Maputo.



ONDJAKI
Foi laureado pelo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco 2007, pelo seu livro Os da Minha Rua. Recebeu (na Etiópia) o prémio Grinzane For Best African Writer 2008.
Ondjaki é prosador. Às vezes poeta. Escreve para cinema e co-realizou um documentário com Kiluanje Liberdade sobre a cidade de Luanda intitulado Oxalá cresçam Pitangas – histórias de Luanda, em 2006.

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Reunido em Coimbra, o júri do concurso «10 Paixões em Forma de Romance», selecionou «Os Maias» de Eça de Queirós, «Memorial do Convento», de José Saramago, «Dom Casmurro», de Machado Assis, e «Terra Sonâmbula», de Mia Couto.
Estes dez romances foram eleitos como os mais representativos da literatura de língua portuguesa de entre as 30 obras que tinham sido anteriormente mais votadas por docentes, estudantes e funcionários da Universidade de Coimbra.
PARTICIPEI, POR ISSO TESTEMUNHO
Sérgio Vieira
Neste livro Sérgio Vieira fala-nos das suas origens e da sua infância e adolescência em Tete. Fala-nos da crise de consciência que o levou a abandonar o catolicismo e da sua subsequente militância no movimento estudantil e na Casa dos Estudantes do Império. Aborda também o êxodo dos estudantes ‘ultramarinos’ de 61/63, e a participação em Paris e no Norte de África na luta anti-colonial. Acompanhamos ainda a sua ‘descida’ para Dar-Es-Salaam, com a obrigatória escala em Argel, e a entrada no movimento de libertação, bem como a sua colaboração estreita com Eduardo Mondlane e Samora Machel.
DANIEL DA COSTA
Nascido em Tete, em Outubro de 1966, Daniel da Costa inicia a sua carreira jornalística como repórter na então Televisão Experimental de Moçambique, hoje Televisão Pública de Moçambique -TVM, em 1987.
Nos princípios da década de 90, foi coordenador da «Gazeta de Artes e Letras», da revista Tempo e tornou-se conhecido do grande público como produtor do programa «O Sentido das Palavras», na Rádio Moçambique.
PAULINA CHIZIANE

A escritora moçambicana Paulina Chiziane nasceu a 4 de Junho de 1955, em Manjacaze, província de Gaza, e cresceu nos subúrbios da cidade de Maputo onde fez os seus estudos. Frequentou o curso de Linguística na Universidade Eduardo Mondlane sem ter, porém, concluído. Iniciou a sua actividade literária em 1984, publicando contos na imprensa moçambicana.
Contadora de histórias, arte que aprendeu com a sua avó.
Paulina convida-nos à cumplicidade de histórias que versam sobre as vivências de tempos difíceis, a esperança, o amor, a mulher e África. O debate entre a tradição e a modernidade que a autora soube transferir da oralidade para o papel.

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